2 Irons, 1 semana: PARTE 2 - Lidando com os contra-tempos

22/11/2012 21:15

 

   Após completar o Iron Regensburg, no dia 17/06, e aproveitar os dois dias posteriores para conhecer Munique e o centro histórico de Regensburg, seguimos para Nice, onde no dia 24/06 completaria minha quinta prova na distância do Ironman.

   Chegar no aeroporto de Munique foi complicado. Havíamos comprado a passagem de trem de Regensburg para Munique com direito a ônibus integrado da estação em Munique para o Aeroporto. Na saída do hotel pedimos um táxi para o recepcionista, mas tive quase certeza que acabamos pegando outro que passava em frente ao hotel enquanto esperávamos. Digo quase certeza, pois o motorista não falava inglês e pelo tempo que esperamos acho que chegou muito rápido para ser o táxi que o recepcionista pediu. Para que o motorista entendesse que queríamos ir à estação de trem mostramos a passagem e deu certo.

   Pegamos o trem e ao chegar em Munique o ônibus para o aeroporto estava lotado. Perdemos a grana paga pelo ônibus, que já estava incluso na passagem de trem, e ainda morremos com mais uma grana com o táxi para o aeroporto. Antes tentamos dividir uma van com outras pessoas para diminuir o prejuízo, mas a quantidade de malas somada a bicicleta impediu a tentativa. Mas isto foi fácil diante do que passaríamos em Nice.

   Embarcamos no vôo até Colônia onde faríamos conexão para Nice. Durante o vôo ocorreu tudo bem. A chegada em Nice é maravilhosa. Uma vista indescritível, através da janela do avião, do mar mediterrâneo e das montanhas que circundam a Côte d'Azur como é chamada esta região do sul da França.

    As bagagens chegaram sem problemas e para a nossa surpresa a atendente do balcão de informações turísticas era brasileira.

Recebemos muitas orientações úteis, mas a principal e mais importante no momento, a de como chegar no hotel, foi falha. Aí começava nosso martírio.

   Subimos no ônibus do aeroporto em direção ao centro de Nice - aqui vale ressaltar a qualidade e a praticidade de utilizar o transporte público em Nice. Pagando Є35 é possível utilizar ônibus e train (um bonde elétrico que corta a cidade) por quantas vezes quiser durante 7 dias – descemos no ponto final do ônbius e começamos a andar a procura do hotel. Detalhe é que estávamos com muita bagagem. Eu carregava a mala da bicicleta e duas mochilas enquanto Xuxa carregava a mala de viagem, uma mochila e um casaco (herança do intercâmbio na Espanha) que pesava mais que a mochila.

   Subiamos e desciamos a rua indicada e nada do hotel. Perguntamos para algumas pessoas na rua e ninguém conhecia. Cheguei a pensar que o hotel não existia. Fomos e voltamos umas 3 vezes até um centro comercial, que ficava na rua do hotel, até que em uma farmácia consegui a informação que deveríamos subir a rua até próximo a um centro esportivo. Subimos até o centro esportivo e nada do hotel. Eu já estava puto da vida e pedi para a Xuxa esperar ali com as malas enquanto eu sai para procurar o hotel rua acima.    Andei mais três quadras até que finalmente encontrei. Deixei as mochilas na recepção e voltei para econtrar com a Xuxa.

   Chegando próximo, avisto um senhor junto a ela oferecendo ajuda, mas em frances eles não conseguiam se entender.

  Por mais três quadras, já nos arrastando com todas as malas, e mais de duas horas depois de chegar no aeroporto pudemos finalmente relaxar da aventura de encontrar o hotel.

   Nice é uma cidade muito agradável com várias opções de passeios tuísticos, culturais e gastronômicos. A área central possui uma grande variedade de restaurantes e artistas de rua que se apresentam com diversos tipos de atrações.

   Por apenas Є1 é possível sair de Nice até o principado de Mônaco em uma viagem de ônibus que dura aproximadamente 40 minutos e passa por lugares belíssimos.

   Sem dúvida Nice é um local que deve ser visitado e ter a possibilidade de participar de um Ironman em um local como este foi uma experiência ótima.

   Este episódio do hotel não foi o único sufoco durante a viagem.

   Ainda passaríamos pelo empenho de esquecer uma sacola na estação de Londres onde precisei voltar correndo, quase embarcando no trem, para o saguão. O problema é que uma vez que você sobe para o embarque não tem como descer. Só consegui retornar ao saguão com a ajuda de um guarda local que me acompanhou até um elevador de acesso restrito a funcionários. Chegando no saguão a sacola já havia sido encaminhada aos achados e perdidos, mas felizmente consegui recuperá-la.

   No fim da viagem, já no aeroporto de Amsterdã para retornar ao Brasil o atendente da TAP não achou a reserva da Xuxa. Foi preciso esperar abrir a loja, já em cima do horário do embarque, para que descobríssemos que o atendente estava procurando pelo sobrenome errado. Passado o susto, ele só permitiu que fizemos o check-in após pagar pelo despacho da bicicleta. Outro erro, uma vez que comprei a passagem no Brasil com direito ao transporte da bicicleta. Paguei e depois fui reembolsado pela TAP Brasil.

   E por último, como estava com vidros de chocolate belga na mochila, não queriam permitir o embarque ao passar pelo raio-x. Deram a opção de deixar os vidros ou despachar a mochila. Optei por despachar a mochila. O problema foi que dentro haviam documentos pessoais que esqueci de tirar e para nosso azar a mochila não chegou no Brasil junto com as outras bagagens. Felizmente dois dias depois recebi a mochila intacta, mas o susto foi grande pois destes documentos dependia o futuro emprego da Xuxa.

   Na 3ª e última parte do irontur pela Europa descreverei como foi a prova em Nice.